Mafia do asfalto teria desviado pelo menos R$ 100 mi em Santa Catarina VIDEO È Mentira!? UOL 100TV @tvfloripa TV Blumenau

#UOL Em escuta, ex-prefeito de Blumenau (SC)  João Paulo Kleinubing (PSD) manda fraudar licitação de obra fantasma @tvfloripa
Para os promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas), do MPE, a máfia instalada na administração de Blumenau extrapolou os limites do município do Vale do Itajaí e praticou crimes contra a administração pública em, no mínimo, mais cinco cidades catarinenses: Joinville, Timbó, Rio do Sul, Criciúma e Pomerode.

Sobre os indícios de que funcionários municipais da confiança do então prefeito seriam os comandantes do esquema de desvio público, Kleinubing afirmou que "desconhece o assunto e jamais foi questionado sobre o tema".
Já o ex-secretário de Obras de Blumenau Alexandre Brollo e o ex-presidente da URB Eduardo Jacomel foram procurados pela reportagem do UOL por email, telefone e redes sociais, mas não retornaram a nenhum contato.
Atualmente, a investigação do MPE está focada na análise das centenas de documentos obtidos em dezembro do ano passado, após o cumprimento de 37 mandados de busca e apreensão em repartições públicas, empreiteiras e residências dos envolvidos. De acordo com os promotores, após a análise deste material, que pode durar muitos meses, será oferecida denúncia contra os envolvidos.

Saiba mais:
UOL NOTICIAS POLITICA 
Máfia do Asfalto em Santa Catarina TV Bombinhas

 

Ex-secretário de Blumenau (SC) Alexandre Brollo diz que 'povo tem que se foder'; ouça TV Alenha

O esquema de fraude de licitações em Blumenau

Por Nonato Amorim

Em escuta, ex-prefeito de Blumenau (SC) manda fraudar licitação de obra fantasma

No dia 21 de agosto de 2012, diante dos indícios de envolvimento do então prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinubng (PSD), no esquema de corrupção investigado pelo Ministério Público Estadual de Santa Catarina, a Justiça deu autorização para que o chefe do Executivo blumenauense passasse a ser um dos investigados na chamada Operação Tapete Negro
No caso específico em que o ex-prefeito ordenaria a fraude, o município de Blumenau pleiteava uma verba de R$ 30 milhões do Badesc proveniente do programa de fomento estadual "Asfalto Pra Gente", que financia obras de pavimentação em cidades catarinenses,
Ex-secretário de Obras Alexandre Brollo: "Oi."
Kleinubing: "Conhece a definição do termo 'fodeu'?"
Brollo: "Ai, meu Deus."
Kleinubing: "Fodeu, fodeu, vais entender, fodeu."
Brollo: "Certo."
Kleinubing: "Falei com o Nelson agora, né?, do Walfredo me provocou agora, algum luminar do BNDES mandou correspondência pro Badesc, advogado, advogado merda, advogado merda, equiparando operação de crédito a transferência voluntária de recurso."
Brollo: "Fodeu."
Kleinubing: "Ou seja, o prazo não é mais 31 de agosto, mas 7 de julho."
Brollo: "É depois de amanhã."
Kleinubing: "Deve estar licitada e com ordem de serviço emitida. Isso é a definição do termo 'fodeu', né?"
Brollo: "Sim."
Kleinubing: "Então, fodeu."
Brollo: "Puta que pariu."
Kleinubing: "Então, Brollo, preciso trazer tu e o Jacomel [Eduardo Jacomel, então presidente da URB] pra cá."
Brollo: "Sim."
Kleinubing: "E assim, ó: dispensa pra URB, com data atrasada e ordem de serviço com data de hoje."
Brollo: "Tá bom, tô ligando pro Jacomel e tô indo pra aí."
Kleinubing: "De projeto que não existe."
Brollo: "Não, até existe, né?"
Kleinubing: "É, só que assim, naturalmente, Brollo, porque eu preciso que vocês dois venham aqui. Eu não vou fazer isso para R$ 20 milhões, nem faz..."
Brollo: "Não, claro, claro, claro, mas tem mais ou menos as obras que eles poderiam fazer lá."
Kleinubing: "Isso, a questão é: o que que, de fato, o que nós vamos priorizar, o que nós temos capacidade de execução, pra começar agora, e essa nós vamos encaminhar. Nós vamos fazer de tudo, né, também..."
Brollo: "Não, não, mas isso aí... Isso aí tem, mais ou menos nós já temos."
Kleinubing: "Pra gente trabalhar nisso."
Brollo: "Meia-hora aí."
Kleinubing: "Meia-hora aqui."

Negócios particulares

Em outra ligação interceptada, Eduardo Jacomel é informado pelo seu sócio Gerson Dolberth que eles haviam vencido concorrência para uma obra em Criciúma. O diálogo é do dia 26 de julho de 2012, e se dá de maneira cifrada, uma vez que, nesse período, os participantes do suposto esquema de corrupção já desconfiavam que estavam sendo grampeados.
Eduardo Jacomel: "Como estão as coisas, tudo bem?"
Gerson Dolberth: "Tudo bem. Tô te ligando pra dizer que fechei mais uma obra boa ali."
Eduardo Jacomel: "Ôpa, eu tô sem aquele telefone aqui [o telefone que não correria o risco de estar grampeado]."
Gerson Dolberth: "Não, tá bom, só para te contar que eu tô contente, porque fechei mais uma obra."
Eduardo Jacomel: "Quantos dias de serviço?"
Gerson Dolberth: "Uma semana."
Eduardo Jacomel: "É em Blumenau?"
Gerson Dolberth: "Não, não, é em Criciúma."
Eduardo Jacomel: "Ah sim, que bom. Desejo sucesso a você neste novo empreendimento."
Segundo restou evidenciado pela apuração do MPE, os sócios Eduardo Jacomel, Gerson Dolberth e Israel de Souza empreendiam o máximo esforço para que a participação do diretor-presidente da URB na sociedade dos três fosse mantida em segredo, já que é ilegal que empresas pertencentes ao presidente de uma estatal prestem serviços para a mesma.

SAIBA MAIS em Luis Nassif online


 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário